Nem pacto nem Pato - Somente empate

Trinta e um jogos, 41 pontos, 9 vitórias e 14 empates. Décimo segundo (12º) lugar no campeonato, há 8 pontos do 1º colocado da zona de rebaixamento e há 11 do último colocado do G4.
O pacto pela dignidade e pelo respeito às tradições do clube e de 8 vitórias foi quebrado e num jogo que, com um pouco mais de ousadia, poderia ter sido ganho. Sim, porque no intervalo, os jogadores foram orientados para jogar no contra ataque, diminuíram o ritmo em campo e levaram o empate. 
Se Diego Macedo entregou a recuabilidade do técnico, (Tite pediu para que o time se preservasse do forte calor, jogando apenas no contra-ataque), Douglas lamentou a falta de agressividade após o gol e o fato do time ter ficado esperando o adversário. Para o meia, era para ter sido diferente.
“(...) naquela hora, a gente tinha oportunidade de crescer na partida. Infelizmente, acabamos recuando e tomamos um gol que não poderia ter acontecido. Chamamos o Santos para o jogo quando estávamos bem, dominando. Dava para ter vencido”, lamentou Douglas.
Também contribuíram para o resultado, o fato de não terem sido corrigidos nas substituições, os erros da escalação. Mesmo com a má performance do Edenílson contra o Grêmio, Tite não só insistiu em escalá-lo, como o deixou o jogo todo em campo, apesar das principais investidas do Santos, ocorrerem pela direita. Colocar o Danilo no lugar do Renato Augusto, tendo o Rodriguinho no banco, beira o ridículo. Danilo, hoje, não é nem sombra do jogador decisivo de outros tempos.
Com uma postura diferente dos jogos anteriores, com mais volume de jogo, em especial no primeiro tempo, o Timão criou oportunidades suficientes para conquistar a vitória, mas deixou dois pontos escaparem pelo recuo no 2º tempo e por um vacilo defensivo, que resultou no gol de Gustavo Henrique.
Mas, o treinador não admitiu nem assumiu os erros e preferiu destacar a superioridade corintiana na maior parte do tempo e elogiar a criatividade do time, além de se declarar muito feliz e minimizar a luta do adversário.
“Hoje, eu fui muito feliz!”, exclamou o técnico, incomodado apenas com o fato de o Corinthians não ter vencido. “Era importante ter conquistado o resultado pelo momento que estamos atravessando. Fomos bem estrategicamente, mas não deu.” (...) “A ideia era diminuir o nosso poder de finalização, mas aumentar a capacidade de criação de jogadas. Fizemos isso, com Douglas e com dois jogadores de velocidade. Tivemos dois terços da partida de domínio, mas não traduzimos em gol. É natural que o adversário também cresça em algum momento do clássico”, analisou Tite.
"Às vezes você é melhor, cria as melhores oportunidades, domina durante dois terços do jogo, e ainda assim não fica com o resultado. A intenção era aumentar a criação com o Renato (Augusto), e isso aconteceu. Não traduzimos. Em termos reais, o Santos teve uma boa chance e aproveitou", declarou o treinador.
Sobre o desempenho em campo merecem destaque a mudança de postura do time e o desempenho do Douglas, do Renato Augusto e do Walter. 
O principal ponto negativo da partida foi a ordem de recuar o time dada pelo técnico no vestiário, acrescida dos erros de escalação e das substituições e o vacilo da defesa no gol do Santos. 
Também temos que lamentar a ação dos vândalos travestidos de torcedores que apedrejaram os ônibus do Santos e do Corinthians e a declaração insolente do Émerson que usou os títulos conquistados para contestar as cobranças dos torcedores. Jogador indisciplinado, fominha, com apenas dois míseros gols no campeonato, que tem calçado mais o chinelinho que as chuteiras, o Sheik de araque, que depois dos gols do final da Libertadores nada mais produziu, não tem moral para contestar nada e ninguém. O Corinthians, não só pode, mas deve ser cobrado pelos fiascos recentes, assim como foi elogiado e louvado pelas conquistas do passado.
Praticamente sem chances de vaga na Libertadores, mais próximo da zona da degola do que do G4, restou ao Corinthians, lutar para não cair para série B e terminar o campeonato sem muito susto.
Se a diretoria tiver um mínimo de bom senso, vai acelerar a reformulação do elenco e da comissão técnica, promovendo a faxina que se faz necessária e apalavrando novas contratações. Mas, que sejam contratações guiadas por critérios técnicos e não pelo marketing, de operários e não de estrelas deslumbradas e de jogadores sem graves históricos de lesão. Afinal, CT Dr Joaquim Grava, significa Centro de Treinamento e não Centro de Tratamento.
Ficha Técnica - Corinthians 1 X 1 Santos
Local: Arena Fonte Luminosa, em Araraquara (SP)
Data: 27 de outubro de 2013, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Fábio Rogério Baesteiro (SP) e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo (SP)
Público: 17.949 pagantes
Renda: R$ 587.694,00
Gols: Corinthians: Douglas, aos 26 minutos do primeiro tempo; Santos: Gustavo Henrique, aos 16 minutos do segundo tempo
Corinthians: Walter; Edenílson, Gil, Paulo André e Alessandro; Ralf, Guilherme (Rodriguinho), Diego Macedo (Alexandre Pato), Renato Augusto (Danilo) e Douglas; Emerson Sheik; Técnico: Tite
Santos: Aranha; Cicinho, Edu Dracena, Gustavo Henrique e Mena (Emerson); Alison, Arouca, Cícero e Montillo (Alan Santos); Willian José (Victor Andrade) e Everton Costa; Técnico: Claudinei Oliveira

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Djalma Vassão/Gazeta Press/gazetaesportiva.net
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