Altitude ou atitude? Qual é o maior problema?

Treino no México
Ocupando a vice liderança do Grupo 6 da Copa Santander Libertadores e de olho na liderança, o Corinthians enfrentará o Cruz Azul, nesta quarta-feira, às 22h, no México. Nosso adversário tem 100% de aproveitamento na competição, após vencer,  na última rodada, por 4 a 0 o Desportivo Táchira, da Venezuela e ter vencido o Nacional de Paraguai, fora de casa por 2 a 1. Vindo de um empate fora de casa, contra o Desportivo Táchira, e de uma vitória em casa sobre o Nacional do Paraguai por 2 a 0, o Corinthians precisa de pelo menos um empate no México, para, com uma vitória em casa, no jogo de volta,  garantir o 1º lugar do Grupo 6.
Embora o histórico do Timão em jogos contra times mexicanos seja desfavorável, o momento atual dos dois times é vantajoso ao Corinthians. O atual campeão brasileiro e líder isolado no Campeonato Paulista vai enfrentar um time que não ganha nada há 14 anos, embora tenha no seu currículo um vice campeonato da Copa Libertadores, onde perdeu nos pênaltis do Boca Júnior em plena Bombonera, e um vice campeonato na Copa Concacaf. No campeonato local, nosso adversário foi derrotado por 2 a 1 pelo Chivas no fim de semana, e faz campanha irregular no Torneio Clausura, com apenas 14 pontos em dez partidas e  na nona posição na classificação do campeonato.
Ficha técnica - Cruz Azul (México) X Corinthians
Local: Estádio Azul, Cidade do México (México)
Data/Hora:  14/03/2012 – 22h (de Brasília)
Árbitro: Carlos Vera (Equador)
Assistentes: Juan B. Ceden (Equador) e Douglas Bustamante (Equador) 
Cruz Azul (México): Corona; Flores, Jair Pereira, Araújo e Cortés; Castro, Gutierréz, Aquinho e Vela; Orozco e Perea. Técnico: Enrique Meza 
Corinthians: Júlio César; Edenilson, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Jorge Henrique, Danilo e Alex; Liedson. Técnico: Tite 
Dos 25 atletas inscritos na primeira fase do torneio continental, 21 estão à disposição do técnico. Os zagueiros Paulo André e Wallace, operados, o lateral direito Alessandro, com lesão na coxa, e o atacante Adriano, dispensado do Corinthians, não viajaram para o México. Welder, que seria o substituto natural de Alessandro, se recuperou de um problema clínico e integra a delegação, mas o volante Edenílson será mantido como titular pelo lado direito. Após poupar todos os titulares contra o Guarani, no último sábado, Tite tem o time descansado para enfrentar Cruz Azul e a altitude mexicana de 2400 metros.

Se conseguirem uma vitória sobre os brasileiros, os mexicanos ficarão bem próximos de garantirem a classificação. Enrique Meza, o técnico da equipe mexicana, deverá escalar o mesmo time que goleou o Táchira. A grande arma do treinador é Javier Orozco. Com três gols nas duas partidas do campeonato, ele é um dos perigos que o Timão terá pela frente.


Além de jogar fora de casa e da viagem de 12 horas de avião, mais uma hora e meia de ônibus do aeroporto ao hotel, num trânsito caótico, a altitude de 2400 metros será um complicador a mais para o Timão. A tendência é que a bola corra mais e que os jogadores tenham problemas respiratórios. Alex, que tem experiência em atuar em altitudes altas, alerta que apesar dos problemas, existem também alguns fantasmas e que é preciso tomar cuidado para que o fator psicológico não seja maior do que o problema em si.
A comissão técnica do Corinthians não tomou nenhuma medida extra para coibir a interferência do ar rarefeito. A preocupação seria maior caso a altitude fosse superior a 2.800 metros, quando os efeitos são maiores. Se necessário, deverão ser providenciados alguns tubos de oxigênio para o vestiário.
O Corinthians realizou terça-feira à noite, no estádio Azul, seu último treino para enfrentar o Cruz Azul. Com a escalação anunciada, o técnico Tite realizou a tradicional atividade de posicionamento, distribuindo os 11 titulares pelo gramado sem a presença dos reservas. Durante o treino, deu ênfase à saída de bola partindo dos zagueiros e volantes. Os atletas também exercitaram lances de bolas paradas em escanteios, faltas e laterais.
No início do trabalho, Tite posicionou o setor ofensivo em uma linha de três homens no meio, com Liedson mais avançado. Jorge Henrique ficou pela esquerda, com Danilo centralizado e Alex pela direita. Em seguida, trocou os dois armadores, passando Alex para ficar mais ao centro.
Alex e Chicão serão os responsáveis por cobranças de faltas próximas à área. Durante o treino eles alternaram batidas diretas e opções ensaiadas, rolando a bola para o outro finalizar pelo lado da barreira.
Mesmo sendo um treino e num país tão distante, a Fiel estava lá. Cerca de 50 torcedores, a maioria membros das torcidas organizadas do clube, compareceram para apoiar o time e estenderam suas faixas na arquibancada. Com certeza, durante o jogo, esse número será bem maior.
Mas, o que mais me preocupa no jogo, não é a altitude de 2400 metros. É como o time vai enfrentar essa altitude. Temo que um esquema tático suicida, fazendo os atacantes correrem todo o campo pra marcar e buscar a bola, acabe por desoxigenar o time, fazendo os jogadores se desgastarem além do necessário e ressuscitando os fantasmas da altitude. E na hora em que os atacantes precisarem de fôlego, pernas e cabeça para se concentrarem numa finalização, lá se vão o raciocínio e a precisão. E temos um complicador a mais. Nosso elenco é meio passadinho na idade e se alguns jogadores já morrem no 2º tempo jogando em casa, vão se cansar ainda mais numa altitude mais elevada. E, faltando oxigênio, a atividade cerebral, que comanda as jogadas, ficarão seriamente comprometidas. Se lá, a bola corre mais, plana mais e não cai muito, é temerário fazer o atleta correr mais que a bola. Tem que jogar com inteligência, preocupando-se mais com o posicionamento correto do que com a correria desenfreada. Fazer uma marcação por zona, não colocar os atacantes pra jogarem, também, de volantes, alas ou zagueiros, deixar o Liedson mais posicionado na área, são alguns cuidados pra se evitar que, no intervalo, a bolerada tenha que ir pro balão de oxigênio.
Émerson, Douglas e Ramires não serão titulares, mas deverão ser fundamentais no 2º tempo, desde que não entrem aos 35 minutos e com o time em dificuldade.
Espero um bom jogo, pois apesar de ser o líder do grupo, o Cruz Azul está muito longe de ser um Barcelona ou um Real Madri. Temo mais pela atitude do time, reflexo da atitude do treinador, do que pela própria altitude de 2400 metros. Que o Espírito do Padroeiro ilumine e inspire nosso treinador e nossos boleiros e que voltemos do México com a vitória, os três pontos e a liderança.


Créditos e fontes de imagens
meutimao.com.br
globoesporte.globo.com
globoesporte.globo.com
globoesporte.globo.com
globoesporte.globo.com
globoesporte.globo.com
globoesporte.globo.com
globoesporte.globo.com
Rodrigo Vessoni/lancenet.com.br
globoesporte.globo.com
lanceactivo.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Vai Corinthians!

Depenando o urubu

Que decepção!!!