Mudamos a dança e o cardápio do dia, afundamos o Barcos Pirata e afogamos a porcada


Melhores momentos
Defendendo um tabu de 17 anos sem perder do rival no Pacaembu e disposto a quebrar a sua invencibilidade, o Corinthians foi surpreendido com um chute de fora da área do Marcos Assunção, que desviou no Castán, mudou de rumo e enganou o Júlio César. Com um 1º tempo muito aquém da nossa capacidade, o Timão foi para o intervalo em desvantagem no placar e com os jogadores, torcida e técnico insatisfeitos com o desempenho do time. Felizmente, a eficiência das cobranças de falta do Professor Raimundo eram do tamanho do salário do professor, o Barcos estava sem bússola e os truques do Mago não conseguiam iludir nem criança de cirquinho mambembe. Satisfeitos com a vitória parcial, os herdeiros do Palestra Itália comemoravam com uma bela macarronada a porpeta que mandaram no gol do Júlio César e, saltitantes, foram para o vestiário, dançando a tarantela.
Mas, time que se presa não se deixa abater por tão pouco. Afinal, não somos porco pra ir pro abate. Somos Corinthians Paulista e, pensando assim, voltamos decididos a mudar logo esse cardápio e em menos de 3 minutos, nosso garçom Jorge Henrique já foi servindo às visitas um suculento virado à Paulista, com uma bela linguiça e um delicioso torresmo de porco da melhor qualidade. E como a dança estava muito agitada, em homenagem aos descobridores do Brasil, substituímos a tarantela pelo Vira.
Prosseguindo na dança, ao percebermos que o Barcos era Pirata e que o Mago caia mais que o Neymar, conseguimos quebrar o pseudo encanto, o Barcos afundar e a porcada toda afogar.
Se até os maiores barcos afundam, o que esperar da canoinha que pensou que fosse conseguir navegar tranquila, no imenso mar alvinegro do Pacaembu. Chegou com status de iate, mas não resistiu aos torpedos da zaga do Coringão, muito bem guardada pelo Ralf Pitbull. Assim, tão cercada e torpedeada, não demorou pro Barcos afundar de vez e com ele a tripulação, que não conseguiu sobreviver à uma boa marcação.
Aí, de tão contente que fiquei, lembrei-me dos meus tempos de menina, resolvi brincar de roda e comecei a cantar
A canoa virou
Foi deixá-la virar,
Foi por causa do Palmeiras
Que não pode jogar...
Não sei qual foi a conversa no vestiário do Corinthians para os jogadores voltarem tão embalados. Na etapa final vi um outro time, bem diferente daquele que começou jogando. Um time com os mesmos jogadores, mas com outra atitude, um time raçudo, que anulou o adversário com uma mudança tática fundamental. Se no 1º tempo, com o Danilo jogando aberto pela direita, o Jorge Henrique pela esquerda, o Émerson centralizado e o Liedson mais a frente, havia espaço para o Palmeiras atacar, na etapa final, Tite colocou o Danilo de armador e o Émerson ficou mais livre pela ponta. Com essa modificação, o Timão passou a dominar o jogo, tocando a bola com velocidade, com Émerson, Paulinho, Edenilson e Jorge Henrique, que ainda ajudava na marcação. 
E, sem dúvida, apesar do gol do Paulinho, da eficiência da zaga que afundou o Barcos, da precisão de Ralf na marcação, da eficiência do Edenilson e da raça e da habilidade do Émerson, Jorge Henrique foi o nome do jogo. Com dores na coxa esquerda, ficou tratando o adutor e não foi ao campo nas atividades com bola, nem mesmo no sábado, para o tradicional trabalho de posicionamento comandado por Tite. Mesmo assim, foi um dos destaques do Timão, tendo participação decisiva na virada, ao cobrar as duas faltas que originaram os gols, aos 3 e aos 6 minutos do 2º tempo, marcados por Paulinho e por Márcio Araújo, (contra). Foi o grande responsável pela vitória, ao fazer com que o adversário experimentasse o seu próprio veneno, as bolas paradas. Se não fosse tão guerreiro quanto seu homônimo Padroeiro, poderia ter calçado o chinelinho e ter ficado em casa tomando cerveja e vendo o jogo pela TV.
Na etapa final, o futebol do Palmeiras, que fez uma bela homenagem ao Chico Anysio, foi uma piada em que o único encanto do Mago Divino, foi fazer o time desaparecer dentro do campo. O próprio Felipão, vendo um 2º tempo protagonizado por 11 Coalhadas e tomando 2 gols no estilo VAPT VUPT,  afirmou ser difícil entender o que aconteceu.
Por sua vez, Valdívia, o Divino que foi aos infernos, reconheceu o vareio do 2º tempo e lamentou que o Corinthians tenha atropelado o Palmeiras, enquanto o Professor Raimundo, (Marcos Assunção) criticou a falta de atenção dos jogadores do seu time.
A torcida fez a sua parte, apoiou e incentivou o jogo todo, empurrando o time para o empate e para a virada. Não desanimou quando o time tomou o gol, persistiu, insistiu e não desistiu. Mostrou porque é chamada de Fiel.
No final, saímos satisfeitos, pois mantivemos o tabu de 17 anos sem perder pro rival no Pacaembu, quebramos a invencibilidade do Palmeiras, que perdeu a liderança, e saímos com a vitória, com os 3 pontos e com a vice liderança, mas com o mesmo nº de pontos do 1º colocado. Foi a vitória da técnica e da tática, mas também da garra e da superação, para a alegria de mais de 30 milhões de Joãos Bacurinhos espalhados pelo Planeta.
Estou tão feliz que nem vou criticar o Tite porque demorou para colocar o Douglas no jogo. 

Ficha Técnica - Corinthians 2 x 1 Palmeiras
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP) 
Data: 25 de março de 2012, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília) 
Renda: R$ 902.189,00 
Público: 29.284 pagantes/31.059 no total 
Árbitro:  Marcelo Rogério
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo
Assistentes adicionais: Vinicius Furlan e Raphael Claus
Cartões Amarelos: Liedson, Chicão, Gilsinho e Emerson (Corinthians); Márcio Araújo, Henrique, Marcos Assunção e Ricardo Bueno (Palmeiras) 
Gols: Corinthians: Paulinho, aos três minutos, e Márcio Araújo (contra), aos seis minutos do segundo tempo. Palmeiras: Marcos Assunção, aos 17 minutos do primeiro tempo. 
Corinthians: Júlio César; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo (Douglas); Emerson, Jorge Henrique (Gilsinho) e Liedson (Elton). Técnico: Tite 
Palmeiras: Deola; Cicinho (Pedro Carmona), Leandro Amaro, Henrique e Juninho; Márcio Araújo, Marcos Assunção, João Vitor (Artur) e Valdívia; Maikon Leite (Ricardo Bueno) e Barcos. Técnico: Luiz Felipe Scolari
 


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