Goleabilidade em treino de luxo


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Foi tão fácil que nem parecia campeonato, muito menos Libertadores. Está certo que o jogo era com o lanterna da competição, mas pra chegar no tão badalado torneio continental, alguma qualidade o Deportivo Táchira deve, ou deveria, ter. A vitoria era esperada, até sem susto e sufoco. Acreditava que mais de 1 gol até viria, mas, não esperava que viessem de baciada. O jogo foi um passeio, um jogo treino, com direito a chapéus, canetas, belos passes, roubadas de bolas e tabelas, tudo coroado com o principal, bola na rede e muita goleabilidade. 
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O Corinthians teve o domínio total do jogo e nossa superioridade foi incontestável. Todo time demonstrou muita disposição e garra, além de uma grande superioridade técnica. Enquanto o Corinthians recebeu 406 bolas, o adversário recebeu apenas 179. Com 9 finalizações certas e 14 erradas, o Timão chegou aos seus 6 gols. Por outro lado, nosso goleiro não passou de um expectador privilegiado, que assistiu o jogo dentro do campo. Aliás, de vez em quando precisava até dar umas corridinhas para manter-se aquecido. O Desportivo Táchira, durante todo o jogo, fez apenas duas finalizações, ambas erradas.

Danilo, que inaugurou o marcador logo aos 17 minutos do 1º tempo, confirmou que neste campeonato, bem como no Paulista, é um jogador imprescindível para o time. Experiente, frio, seguro e preciso, voltou a ser o Danilo do passado e, após um início irregular, recuperou seu bom futebol e calou a boca de seus críticos, inclusive a minha.

Paulinho, que com Ralf, forma a dupla de volantes mais top do país, ainda na etapa inicial, fez o mais belo gol da partida. Está certo que deve dividir os méritos com o Liedson, que roubou a bola no campo de defesa do adversário e veio tabelando com o volante até entregar-lhe a gorduchinha para ele só empurrar pra dentro do gol. Sem dúvida, uma bela jogada!
O Deportivo Táchira, ao perceber que não conseguia jogar futebol, optou pelo MMA. Abriu a caixa de ferramentas e partiu para a pancadaria, tentando parar o Corinthians com faltas, muitas delas violentas e maldosas. Tanto bateram que tiveram um jogador expulso, facilitando as coisas para o Timão.
No intervalo Tite teve trabalho. Chicão sentiu dor na coxa e a equipe médica considerou que ele não deveria voltar para o jogo. Nessas circunstâncias, Ralf foi deslocado para a zaga, Edenilson foi para o lugar do Ralf e Welder para a lateral direita. Ainda no início do 2º tempo, Danilo, que levou uma paulistinha na coxa, saiu para a entrada de Douglas.
Mas, as mudanças não alteraram a disposição e o desempenho do nosso time e logo aos 17 minutos, São Jorge Henrique marcou o seu gol ampliando o placar.
Mas, a sacolada não parou por aí. Émerson estava com a macaca. Marcou, defendeu, driblou, roubou bolas e anotou o seu, fazendo o 4º gol do time. Émerson foi o melhor jogador da partida, não só pela sua garra, mas pela sua técnica e habilidade.
Alguns minutos após o gol, o atacante foi derrubado na área e o juiz marcou o pênalti. Liedson, que não gosta de bater pênalti, ao ver seu nome gritado pela Fiel, resolveu fazer a cobrança. O goleiro acertou o canto, defendeu, mas não segurou e o Levezinho pegou o rebote e encaixotou, marcando o 5º do jogo e o seu 1º na Libertadores. Liedson, apesar da seca de gols na temporada, tem sido fundamental no esquema tático e neste jogo não foi diferente. Foi parceiro do gol do Paulinho, marcou, mandou bola na trave e por cima do travessão, além de deixar o seu. E ainda sofreu um pênalti quando estava na cara do gol.
Pênalti que foi muito bem batido e convertido pelo Douglas. Aliás, o Maestro, a cada jogo, mostra maior mobilidade e entrosamento, voltando a fazer suas belas jogadas e assistências. Jogador cerebral e que pensa as jogadas, está mais entrosado no esquema tático do Corinthians e, nesta partida, já participou, inclusive, da marcação.
A imagem acima é a imagem da cara do time. Tite conseguiu não só ter o time na mão, mas formar um grupo que prioriza o coletivo e que entendeu que o sucesso de cada um é responsável pelo êxito de todos e pelo bom desempenho do time. O gol do Liedson foi comemorado como se fosse o gol de cada um. Ele só não foi abraçado pelo Júlio, que não poderia abandonar o gol. A alegria manifestada e compartilhada foi emocionante. Outro dado fundamental foi a escolha do Douglas pelo grupo para a cobrança do pênalti, numa contribuição coletiva para o entrosamento do jogador que está chegando e ainda não havia feito um gol.
Embora não tenha conseguido o 1º lugar na classificação geral da Libertadores, o Corinthians só não vai decidir em casa se cruzar com o Fluminense. Mas, o mais importante, é que o Timão encontra-se numa crescente, tem um bom elenco e um padrão de jogo definido, está bem entrosado e articulado e com um bom preparo físico, ao contrário de tempos atrás quando o time morria no 2º tempo. 
Precisamos, no entanto, ter o pé no chão e saber que essa goleada, embora tenha lavado a alma da Nação Corinthiana, não é garantia de facilidades nem de sucesso. A última partida não passou de um treino de luxo, pois, de fato, o torneio, pra valer começa agora no mata mata, onde os times mais fracos já foram eliminados. Agora é a hora do "vamo vê," de colocar os pingos nos is, da onça beber água... Daqui pra frente, vamos festejar 1 a 0 fora de casa como goleada e, dependendo do adversário, empatar fora e vencer no Pacaembu. 
Mas, qual é a novidade? Já estou acostumada, pois, assim como você, eu também sou corinthiana, maloqueira e sofredora, graças a Deus.
Ficha Técnica - Corinthians 6 X Deportivo Táchira (Ven) 0  
Estádio:  Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 18 de abril de 2012 (quarta-feira)
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Patrício Polic (Chile)
Assistentes: Sérgio Román (Chile) e Marcelo Barraza (Chile)
Cartões amarelos: Parra e Díaz (Táchira)
Cartão vermelho: Rouga (Táchira)
Gols: Corinthians: Danilo, aos 17, e Paulinho, aos 26 minutos do primeiro tempo; Jorge Henrique, aos 17, Emerson, aos 24, Liedson, aos 27, e Douglas, aos 38 minutos do segundo tempo
Público: 27.379 pagantes
Renda: R$ 1.624.785,00
Corinthians: Júlio César; Edenílson, Chicão (Welder), Leandro Castán e Fábio Santos; Paulinho, Ralf e Danilo (Douglas); Emerson (Willian), Jorge Henrique e Liedson. Técnico: Tite
Deportivo Táchira (Venezuela): Rivas; Chacón, Ángel, Rouga e Arocha (Clavijo); Fernández, Villafraz (Guerrero), García e Parra (Díaz); Arias e Cásseres. Técnico: Jaime de la Pava





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