Não importa quem entra em campo porque Aqui é Corinthians!

Melhores momentos

Valia a liderança, dependendo do tropeço do rival. Mas, se não viesse, não estaria de todo mal; já estávamos mesmo classificados para as quartas de final. Tite até arriscou um time alternativo e deu chance para a molecada e pra quem pouco jogava. Alguns torcedores ficaram cabreiros e até xingaram o treineiro. Afinal, o rival, mais precavido, para o jogo foi inteiro e não quis saber de poupar ninguém. E lá fomos nós só com o Chicão de titular o time da Macaca enfrentar, sem muita preocupação com a ponta da classificação. Será?

O jogo começou, o Timão foi pra cima e, de cara quase marcou. Com boa articulação, boas jogadas e bom posicionamento, pra dominar o jogo não esperou nenhum momento. Só não abriu o placar porque deu umas bobeadas, o goleiro deles catou muito e oportunidades foram desperdiçadas.

Vítor Júnior, meu filho, como você perdeu aquele gol?

Gols

Mas, nem bem começou o 2º tempo, o Gilsinho foi derrubado na área, o juiz viu, marcou o pênalti e o Chicão não perdoou, foi lá, cobrou e  marcou. 1 a 0 pra nós, apesar da chiadeira da macacada. 

Nem deu muito tempo pra comemorar. Cinco minutos depois, num rebote do chute do Gilsinho, o Welder, a la centro avante, mandou a bola pro fundo da rede, ampliando o placar. 
Com a vantagem no placar, o Corinthians diminuiu o ritmo e a Ponte Preta começou a gostar do jogo e até chegou a levar algum perigo, exigindo boas defesas do Danilo Fernandes.
Para dar um novo gás no time, Tite colocou em campo Giovanni e Felipe, em substituição ao Gilsinho e ao Welder. Tudo ia bem, o jogo estava controlado e até parecia que o resultado estava dado. Mas, eis que William Arão, numa jogada desnecessária, derrubou Maranhão dentro da área, arrumando um pênalti para o adversário, convertido por Renato Cajá aos 43 minutos da etapa final.
Aos 45 minutos, Matheus entrou no lugar do Vítor Júnior. Com 3 minutos de acréscimo, não deu tempo da macaca alcançar um galho mais alto, restando-lhe apenas o chororó do seu técnico que saiu espumando do campo.

Enquanto isso acontecia em Campinas, numa cidade distante na Região Noroeste, o time que estava em 1º lugar por ter feito uns gols a mais, se enroscava nas trombas de um Elefante, sucumbia sob suas patas e perdia a liderança. É Luiz Fabiano, no aeroporto vocês chegaram primeiro.
Mas, voltando ao assunto principal, o time alternativo jogou como o titular. Foi pra cima, lutou com muita garra e deu conta do recado. Para conseguir pará-lo, os jogadores da Ponte usaram e abusaram das faltas e foram muito amarelados, para desespero e irritação do seu técnico, que perdeu a compostura e saiu reclamando muito da arbitragem. Com 10 jogadores diferentes, o Corinthians surpreendeu pela boa articulação. Teve as falhas naturais da falta de ritmo de jogo, mas foi aprovado pelo conjunto da obra.

De importante, a volta do Maestro em sua melhor apresentação. Se ainda não foi um concerto de gala, não deixou cair a batuta. Mais magro e mais afinado, movimentou-se bem, controlou o jogo, distribuiu a bola, deu passes precisos, infelizmente desperdiçados, foi pro ataque e não decepcionou.

Vitor Júnior fez uma boa partida, só precisa melhorar a pontaria. Uma partida para o Tite esquecer de vez sua expulsão contra o Bragantino. Participou diretamente dos 2 gols. Iniciou a jogada que deu origem ao pênalti e chutou a bola que o goleiro da Ponte deu o rebote pro Welder finalizar. Mostrou que não desaprendeu jogar futebol.
A dupla de volantes não foi tão bem quanto os meias. William Arão fez alguns desarmes, mas não mostrou segurança e fez um pênalti bobo e sem cabimento. Talvez tenha sido a ansiedade da estreia e o peso da camisa. Ramires, meia atacante não rende de 2º volante. Apesar de sua técnica e experiência, deixou muito a desejar. Welder contribuiu com o gol, mas todas as chegadas da Ponte no 2º tempo foram pelo seu lado, onde se abriu uma ampla avenida com trânsito livre. Élton esteve muito apagado e não conseguiu provar que pode substituir o Liedson. Giovanni entrou bem e mudou a dinâmica do jogo, Marquinhos deu uma bela arrancada que só não resultou no 3º gol pela boa defesa do goleiro Bruno e o meia Matheus, infelizmente, não teve tempo de mostrar serviço.

Ficha técnica: Ponte Preta 1 x 2 Corinthians 

Local: Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP)
Data: 15 de abril de 2012, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)

Árbitro: Demétrius Pinto Candançan (SP)
Assistentes: Alexandre Vasconcellos e Fausto Moretti (ambos de SP)
Cartões amarelos: Gian, Willian Magrão, Gérson e Renan (Ponte Preta); Weldinho, Marquinhos, Elton e Willian Arão (Corinthians)

Gols: Ponte Preta: Renato Cajá, aos 44 minutos do segundo tempo; Corinthians: Chicão, a 1 minuto, e Weldinho, aos 5 minutos do segundo tempo

Ponte Preta: Bruno; Guilherme, Willian Magrão, Gian e Renan; Gérson (Lucas), João Paulo, Enrico (Xaves) e Renato Cajá; Rodrigo Pimpão (Maranhão) e Roger. Técnico: Gilson Kleina

Corinthians: Danilo Fernandes; Weldinho (Felipe), Chicão, Marquinhos e Ramon; Willian Arão, Cachito Ramírez, Vitor Júnior (Matheus) e Douglas; Gilsinho (Giovanni) e Elton. Técnico: Tite

Estatística

Com esse resultado, o Timão se classificou em 1º lugar para as quartas de final do Campeonato Paulista com 46 pontos e 81% de aproveitamento. Foram 46 pontos conquistados em 14 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota. Dos 19 jogos disputados, 10 foram com time misto ou com reservas. O adversário do Corinthians na próxima fase será novamente a Ponte Preta. Neste jogo, que será no Pacaembu, teremos a volta dos titulares e a Fiel apoiando, incentivando e jogando junto. Tite, cauteloso e respeitador, elogia o adversário e prega humildade. Mas, diante do sucesso em Campinas com um time alternativo, o time titular, jogando no Pacaembu, tem tudo pra sair com a vitória e passar para as semi finais. Eu confio.

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