Nenhuma surpresa

 
O Colônia está na inter temporada, já tendo disputado 17 partidas no melhor campeonato do mundo. Mesmo estando em 11º lugar na tabela de classificação, traz a marca do bom futebol alemão, está em ótimas condições físicas, com um esquema tático definido e bem entrosado. 
O Corinthians está voltando de férias, ainda na ressaca das festas de final de ano, com técnico novo, com mudanças no elenco, com jogadores com as pernas pesadas, em condições físicas ainda insuficientes, sem ritmo de jogo, sem entrosamento e buscando um esquema tático.
Se para o time alemão o jogo foi um treino de luxo, para o Timão foi um vestibular da bola, para se descobrir em que nível e condições estão os atletas. Soma-se a isso, o cansaço da viagem, o oba oba do marketing, o campinho acanhado, os compromissos sociais e algumas improvisações, por perda de jogadores.
Um time estruturado só poderia levar vantagem diante de um time em formação. Enquanto o adversário entrou ligado, concentrado e sabendo o que fazer, o timão ainda estava tateando, em busca de uma estratégia de ação, com sua defesa vacilante, com muita dificuldade de encaixar a marcação, com seu meio campo perdido e com o ataque sem se entender entre si e com o meio campo.
Aproveitando-se de nossas falhas, o Colônia tomou conta do jogo e aos 13 minutos abriu o placar. O gol alemão saiu nas costas de Gil, após falha do Fábio Santos. O Corinthians, correndo atrás do prejuízo, partiu pra correria, mas pouco chegou ao ataque e quando o fez, foi sem precisão e sem qualidade. Com apenas duas chances no jogo, o adversário quase não foi ameaçado. Na primeira, Renato Augusto recebeu ao fundo pela direita, passou para Emerson, que foi travado na conclusão. A segunda, com Elias, que esteve sumido na maior parte do jogo, quando ele avançou com liberdade e chutou a bola rente à trave. No mais, nada que pudesse alterar o resultado, nem mesmo ameaçar o time alemão. Pelo futebol que apresentou no 1º tempo, 1 a 0, francamente, foi de graça.
Na etapa final, Tite trocou todos os jogadores de linha e, por incrível que possa parecer, o desempenho dos reservas foi muito melhor que o dos titulares. Enquanto no 1º tempo, a grande novidade e expectativa foi a reestreia do Emerson, na etapa final estrearam Mendoza e Edílson, novos contratados, o jovem Pedro Henrique, em seu primeiro duelo profissional, e Yago, que voltou de empréstimo do Bragantino. 
Bruno Henrique e Petros apresentaram melhor entrosamento que Ralf e Elias, bem como Jadson e Danilo, diminuindo a correria e melhorando o toque de bola. No ataque, Mendoza mostrou muita raça e arriscou um chute de fora da área e Luciano perdeu a melhor chance, numa cabeçada defendida pelo goleiro alemão. Apesar da melhora na etapa final, o time alemão manteve o controle do jogo e não chegou a ser ameaçado.
Embora ainda seja cedo para cobranças, este jogo não sinaliza para resultados superiores aos de 2014 nem serviu para mostrar o resultado dos estudos do Tite em seu ano sabático. Por enquanto o torneio da Flórida parece estar servindo para entrar uns trocados nos cofres do clube, para o Guerrero se emocionar ao realizar seu sonho de criança de abraçar o Mickey, para expor a marca nos Estados Unidos, para a Fiel endinheirada curtir e tietar os jogadores, para a Fiel gringa ver o time in loco. Tudo indica que está sendo bom para o Marketing. Espero que para o futebol, sirva pelo menos, para dar um choque de realidade e mostrar quanto ainda teremos que melhorar para enfrentar os desafios de 2015.
Ficha Técnica - Corinthians 0 X 1 Colônia (ALE)
Florida Cup 2015, primeira rodada
Data: 15/01/2015
Local: Wide World of Sports Complex, Orlando (EUA)
Árbitro: Robert Sibiga (EUA)
Gol: Peszko (COL) aos 13 minutos do primeiro tempo
Cartões amarelos: Guerrero (COR) e Mavraj (COL)
Corinthians: Cássio; Fagner (Edílson), Gil (Yago), Felipe (Pedro Henrique) e Fabio Santos (Uendel); Ralf (Bruno Henrique), Elias (Petros), Lodeiro (Danilo) e Renato Augusto (Jadson); Emerson (Luciano) e Guerrero (Mendoza). Técnico: Tite
Colônia: Kessler; Brecko, Klunter, Mavraj e Jonas Hector; Matuszczyk, Risse, Peszko e Nagasawa (Lucas Cueto); Zoller (Bröker) e Osako. Técnico: Peter Stöger

Créditos e fontes de imagens
globoesporte.globo.com
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Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians/gazetaesportiva.net.
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