Mano Menezes

Reapresentação do Mano Menezes
Entrevista do Mano Menezes
Recebido festivamente por um grupo de torcedores, Mano Menezes foi apresentado como o novo técnico do Corinthians, na manhã desta 2ª feira, dia seis de janeiro, no CT Dr Joaquim Grava, em substituição ao Tite, que não teve seu contrato renovado.
Após conversar com o elenco, o técnico, acompanhado dos diretores e do gerente de futebol, dirigiu-se á sala de imprensa, para sua 1ª entrevista coletiva no seu retorno ao clube.
Bastante incisivo nas suas respostas, prometeu modificações no esquema tático e alertou que as alterações pretendidas vão acarretar reações e poderão gerar alguns atritos, mexer com o ambiente interno, que era conduzido com outra filosofia, pois com a mudança do técnico, mudam os conceitos e, consequentemente, a maneira de avaliação.
Com a acomodação do elenco, após uma sequência vitoriosa, tais mudanças deverão mexer com atletas que tinham lugar cativo no time de Tite e reacender a motivação do grupo que, em um ano, passou de campeão mundial a décimo colocado do Campeonato Brasileiro.
Prometendo gerar disputa interna, aquela disputa sadia que tira a acomodação natural do ser humano, declarou que seu objetivo não é dispensar nenhum jogador nem criar instabilidade no grupo.
Afirmando que dirigir o Corinthians é algo muito especial, prometeu dar o melhor de si para recolocar o Timão no topo do futebol brasileiro, sul americano e mundial e negou o interesse de voltar à seleção, reconhecendo que foi um erro trocar o Corinthians pela seleção brasileira.
Considerando ser a disciplina um ponto fundamental de seu trabalho, declarou que a questão disciplinar é inegociável, que todos vão entender isso perfeitamente por ser ela a base de tudo, estando inserida entre os mandamentos principais das vitórias, sendo determinante para atingi-las.
Sobre Alexandre Pato, elogiou sua qualidade técnica, previu um crescimento após um ano de adaptação e considerou que sua primeira etapa no Corinthians foi extremamente rica em detalhes para que a segunda etapa, em 2014, produzirá resultados ainda melhores.
Para o novo técnico, o importante é manter uma equipe forte, com uma mecânica legal, que tenha sistema, coletividade, pois quando a equipe for forte dessa maneira, as individualidades vão se sobressair porque o Corinthians tem jogadores capazes.
Como já é de conhecimento dos leitores, não gosto do futebol da escola gaúcha de técnicos. Aprendi a gostar de futebol, vendo times ofensivos e numa época em que o gol não era um detalhe, que a ordem era bola pra frente e buscar o gol, não se contentar em ganhar de 1 a 0 e tentar a goleada. Talvez, só os mais velhos me entendam, mas empatar era quase uma derrota, pois denotava a incapacidade de se atingir o objetivo maior de uma partida: bola no fundo da rede.
Portanto, não sou mana do Mano, como nunca fui TIeTE, embora reconheça o trabalho que realizaram no Corinthians e tenha comemorado muito as conquistas do time, quando dirigido por eles. Também considero que nem eles nem os jogadores devam ser endeusados pelos títulos, pois foram conquistas coletivas e foram muito bem remunerados para bem cumprirem o seu papel como profissionais. Merecem nosso reconhecimento, nossos agradecimentos e alguns, um totem no Memorial e os pés, ou mãos, na calçada da fama.
Mas, nada de ficarmos eternamente gratos ao ponto de relevar as falhas cometidas pós títulos e deixarmos de cobrar desempenho e raça.
Assim pensando é que considerei que o ciclo do Tite, bem como de alguns jogadores, estava encerrado no Corinthians e que era necessária uma reformulação. Reformulação essa que, infelizmente, por problemas contratuais devido ao vacilo da diretoria, ficará restrita à troca do técnico.
Assim, neste contexto, acredito que um novo técnico, com uma postura diferente, priorizando o aspecto disciplinar, dissolvendo a panela e acabando com a titularidade permanente de alguns jogadores e com um novo esquema tático, poderá dar a chocalhada que o elenco necessita para voltar a jogar bola. 
Espero que o novo esquema prometido pelo Mano possibilite aos atacantes atuarem como atacantes, sem priorizarem a marcação. Que marquem a saída de bola dos zagueiros, que, se necessário voltem até a intermediária do campo e eventualmente cheguem ao campo adversário, mas sem atuarem como volantes ou marcadores dos laterais. Que se coloque até três volantes, mas, pelo amor de Deus, deixe os atacantes mais livres para fazerem gols.
Mesmo sem ser mana do Mano, sinto que algo vai mudar e que este ano será mais produtivo que 2013. Resolvido o problema das laterais, o atual elenco dá pra levar bem o 1º semestre. mas, após a Copa do Mundo, precisaremos nos reforçar.
Em que pesem minhas restrições à escola gaúcha, estou vibrando para que o Mano tenha muito sucesso, pois do seu êxito dependerá o desempenho do Corinthians.
Sendo ele o novo técnico, pelo bem do Corinthians, vamos vibrar, orar e torcer para que ele consiga resgatar a motivação, a garra e a determinação do nosso elenco, que se mostrou tão acomodado no ano que passou. Que ele consiga fazer com que o Corinthians reencontre o fundo da rede, volte a fazer gols e se reconcilie com as vitórias. Que ele nos traga de volta os títulos e as glórias.
E para não baixar o padrão vibratório e não atrair energias negativas, vou me eximir de críticas e aguardar os resultados para fazer qualquer julgamento.

Créditos e fontes de imagens e vídeos
Marcos Ribolli/globoesporte.globo.com
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Daniel Augusto Júnior/Agência Corinthians/globoesporte.globo.com
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Fernando Dantas/Gazeta Press/gazetaesportiva.net

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